domingo, 13 de março de 2011

Parque Santo Dias



Ai quem me dera compor na essência
Que a natureza tão bela me traz,
Aprendo com ela a ter paciência
E descubro que por traz disso tudo há paz.
Hoje enquanto tranqüilo eu caminho
No Parque Santo Dias do Capão Redondo,
No cume das árvores é possível ver um ninho
Toda tarde quando o sol está se pondo.
Vem-me a lembrança a mente
Nos meus tempos saudosos do IAE,
Na época de outrora brilhante
Nas cabanas imaginarias de sapê.
Vejo os galhos retorcidos de cipó
Quando escondidos brincávamos de Tarzan,
E hoje caminho aqui tão só
Dia sim dia não toda manhã.
Tem pássaros, lagartos, tem esquilo
Neste caminho em meio à densa mata
Ouço a voz da natureza, bem tranqüilo...
Mas ao fundo é a saudade quem me mata!
Com centenas de pessoas sigo neste embarque
Que caminham, fazem Cooper exercitam...
Perdeu-se aquela santidade, mas ganhamos um parque
Que todos sem distinção praticam.
Como eu queria compor a beleza
Que na íntegra eu vejo agora,
Descrever cada detalhe da natureza
Deste parque que nos flerta e me enamora.

Alves, Osny de Souza.

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