Eu olho atrás
E procuro as oportunidades que deixei
Em derredor vejo o mal que me faz
E essa falta delas que meu presente manchei!
Sabe aquele sonho que eu tinha?
De ser um pássaro e a voar livre por aí?
Ele não saiu mais de minha poesia
E até ele o perdi...
Eu já não sonho mais em voar!
No chão o meu pé criou raiz
E até hoje eu procuro encontrar
Mas ficou mais difícil... Os caminhos pr’eu ser feliz!
As pessoas de certo modo em geral
Tem receita pra comida e pra dor
E aquele encantamento especial
Usam de tudo pra encontrarem o amor.
Mas quando volvo lentamente a cabeça
Realmente eu não sei o que eu procuro
E sentado na cadeira e apoiado nessa mesa
O sol que alumiava se foi... Ficou frio, solitário e escuro.
A esperança que um dia já foi verde!
No verão ela amadureceu
Talvez tenha acontecido com a mesma sede
Que o meu céu se escureceu...
Até as asas que eu tinha não as tenho mais
E aquela saúde de ferro se transformou em barro
Vejo meu corpo carregado por uns animais
E no cortejo o touro solta um berro e morre em frente ao carro!
Olho a carroça e até a roda se quebrou
E o sol dá lugar ao eclipse que chora
E minha vida lentamente se apagou
Vou desfazendo viro fumaça; vou-me embora...
E acordo nesta mesa; nesta sala!
Com cadeiras vazias realmente eu estou só
Fico mudo, e a minha mente fala
Chega!
Acabou-se o tempo basta de te sentires dó
Levante e viva com as ânsias de tua alma!
Com a garra que eu sempre me vi lutar!
Sou guerreiro! E só em meu pensar pode haver calma!
Saia para as oportunidades conquistar!
(OSA)
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