quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Minha Essência

Quando eu em inocência
Penso já ter me superado
Que entrarei em decadência
Vejo que eu estou errado!
Mais um poema ainda
Eu consigo então compor,
Formo a poesia mais linda
E tão mais bela quanto à flor!
Pois a Deus esse eu não nego
Talento e dom divino,
E a Ele eu me apego
Desde que era menino!
Pois escrever é minha vida
Em minha veia a poesia escorre,
Minha mente já florida
Que estrofes, tenho em estoque!
E quando em minha inocência
A felicidade me abraça
Vejo que em minha essência
Vem de Deus o ar da graça!

Osny Alves

domingo, 27 de outubro de 2013

Tilintar

E pinga o pingo da goteira
E nos incomoda o tilintar...
Perene segue noite inteira
E até no sonho vem entrar!
O tilintar tilinta um tanto...
Vem até cansar o descansar
Mãos a cabeça perco o sono
Por causa d’um longo pingar!
E a razão desse meu pranto
É esse chove, mas não molha...
E o gotejar com esse canto
Num salto pula lá da telha!
Bate cá embaixo e esparrama
Lava a alma e nos limpa
Tira-nos o sono e a cama
 Sobra-nos... Folha, pena e tinta.

Osny Alves

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Versejar

Eu versejo, tu versejas.
Da maneira que desejas
Ler esse meu versejar.

E divido em quatro versos
Cada quadro que versejo
Nos temas mais diversos
Tal qual o que desejo!

E convido-te também
Que versejes tu comigo,
Versejaremos pra alguém
Um versejar talvez bonito.

E a quem quer que escreva o verso
Imagine-se no meio do universo
Um versejador assíduo.


By Osny Alves

terça-feira, 22 de outubro de 2013

Fome Da Alma

Um corre-corre alucinante
O tempo todo entra e ruge
Com seu sorriso cativante
Todo prazer ali nos surge!
Corpo mexe a boca morde
A alma come tudo se alinha,
Ali vai rico, pobre e o lorde...
É onde a donzela vira rainha!
Dentes rangem a alma geme
Na posição o corpo se ajeita,
Boca grita em prazer perene
Junção esta sempre bem feita!
A alma clama... Elogia e grita
Ali são gritos por toda noite,
O prazer flui da alma aflita...
E o corpo sofre duro açoite!
Cada órgão sente e se agita
E permanece o entra e sai,
O coração pulsa e palpita
A alma vem e depois se vai!
Ora em cima e ora em baixo
Essa correria é alucinante
Come farta sossega o faixo...
É assim em restaurante!


By Osny Alves

domingo, 13 de outubro de 2013

Morro de Amor

Eu conto aqui minhas lágrimas
Uma a uma a deslizar ao chão,
Contando em prece as lástimas
Em resgatar uma grande paixão!
Suplico então voltado aos céus
Por milagres em minhas ultimas
Esperanças e fé no nosso Deus!

E hoje minha alma triste implora
E que limpe o meu orgulho enfim
Pois sei que nesta derradeira hora

Ela hoje também deve estar assim
Pois se o meu triste coração chora
Ela também deve chorar por mim

E em meu cérebro agora borbulho
E ferve minha alma sangue em vapor,
Em laço de fita me amarro embrulho
E se ela não volta eu morro de amor!


Osny Alves

quarta-feira, 2 de outubro de 2013

O Aluno e o Estudante

Eu não escrevo para aluno ler
Eu escrevo para o estudante...
Pois o segundo sempre quer saber
O que o primeiro nunca lera antes!
Escrevo as frases ritmadas
Estrofes numa poesia inteira,
O primeiro nunca entende nada
E ainda diz que é besteira!
O segundo suplica para eu compor
Nem que seja ao menos um versinho,
E que eu fale da vida e do amor
E que jamais poderá faltar carinho.
Escrevo a realidade pura
Mas também escrevo a utopia,
Pois eu sei que a vida é tão dura
E ao que lê se conforte em alegria!
Ao primeiro não tenho se quer pena
Pois ele mesmo não tem pena de si,
E a ele dedico esse poema
Pois dó não mi falta sol lá si.
Talvez não entenda o que eu disse
Pois “aluno” ainda quer dizer sem luz,
E ele vai achar esses versos uma tolice
Por Deus! E apagados continuarão... Jesus!
Osny Alves