domingo, 7 de dezembro de 2014

A Saudade Deixa-nos Surdos Cegos e Nus



Hoje eu achei o riacho
Que eu acho que molhava
Sempre meus pés. 
Numa época de outrora,
Onde não corre agora
Aquilo que hoje não vês. 
Essa saudosa saudade
É uma gostosa maldade
Que despe a minha tez.
E olhando o meu corpo
Me escondo num copo,
Onde esconde minha nudez.
Pois a saudade vem e nos beija
E claramente nos deixa
Nus outra vez. 
Mas os outros não veem
Além de nossas vestes
Como ela nos despe
Peça a peça também. 
Mas parece que enxergam
E ao mesmo tempo nos cegam
E nossas roupas carregam
Como se dessem a alguém. 
É aí que nós achamos tão nus
No meio de uma luz
E o tal copo conduz
Para esquecer o passado. 
E fatalmente ficamos
Do jeito que amamos
E nos enganamos
Com a tal da surdez. 
E paralisados hipnotizados,
Como estátuas calados
O passado nos possui
Mais uma vez.
Osny Alves

terça-feira, 2 de dezembro de 2014

Desumanizados

Cada vez que ando pela cidade
percebo a insanidade do ser humano,
essa selvageria da humanidade
de um povo arrogante, rude e desumano.
Mas não posso generalizar....
Mas os Homens estão demais!
Os bichos humanizados
e os Homens, animais.
Osny Alves

domingo, 30 de novembro de 2014

1000 Afagos

Ah menina!
Esse teu lado sublime
Por favor deixe que a mime...
Até você enjoar!
Mas quem enjoa de carinhos
Ou qualquer que seja os mimos
Que tenho pra lhe dar!
Dá até vontade de tê-la nos braços
E em mil Afagos poder lhe acarinhar!
Amei o seu jeito dengoso
Meu Deus,  ai que gostoso
preciso lhe completar!
Venha me dê essa deixa
quero que seja minha igreja, 
quero lhe adorar!

Osny Alves

terça-feira, 25 de novembro de 2014

domingo, 23 de novembro de 2014

Vermelho Maçã




Ah! Minha Branca de neve
Nos encanta as suas maçãs,
Não sei se devo, mas tu deves
Ter esse zelo todas as manhãs!
De pintar seus lábios e unhas
E de pintar o meu coração
Do mesmo jeito que tu sonhas
Com essa mesma dedicação!
Teu vinho derramado da taça
Colore de vida sua bela tez,
Em minha mente um sonho passa
Um nobre Tinto que cobre tua nudez!


Osny Alves

sábado, 25 de outubro de 2014

Ouvi Sua Prece



Hoje  ouvi você chorar
E clamar então por mim!
Ontem estava a blasfemar
Jamais vi ingratidão assim. 
Eu lhe mostrei por onde ir
E ainda era bem pequeno
Mas parou de me seguir
Mesmo eu lhe protegendo.
Conversava e ainda queria
Que eu ouvisse sua voz,
Mas aquilo me entristecia
Pois continuava a estar a sós!
E o tempo foi passando
E o sofrimento lhe aplacou
Percebi você lembrando
Quando comigo um dia andou. 
As primeiras lágrimas caírem
E a angústia de teu sofrer
O remorso e a dor lhe reprimirem
E o teu desejo foi morrer! 
Nessa hora me aproximei
Enquanto pensava em mim
Ao teu lado eu sentei
E lhe confortei mesmo assim! 
Não desista, não ainda!
Pois tenho algo a lhe propor
Mas o farei se em sua vida
Você pedir por meu favor.
Desistir dos maus caminhos 
E caminhar por minha lei,
Por você tenho mil carinhos
E teu retorno sempre esperei.
Hoje ao abrir tua janela
Vi como olhou pro céu
Ouvi a tua oração sincera
Responderei, pois sou teu Deus. 
Osny Alves

terça-feira, 21 de outubro de 2014

O Leitor & Eu


Quantas vezes o leitor
Troca de lugar comigo,
Faço o que ele quer compor
De um jeito tão ambíguo.
Como se lesse a mente dele
E eu falasse o que ele sente,
Quando está a flor da pele
Ou zen tão simplesmente!
Comigo ele se identifica
Chora, lamenta e sorri
E ao amor ele se dedica!
Da mesma forma que sofri
Ele é cheio de amores
Quando lê o que escrevo
E se mostra cheio de dores
Faz isso sem que percebo!
O leitor é uma figura
Tal qual o que escreve
Ele deixa uma assinatura
Na poesia que nele percebe!
Ali deixa uma marca sua
Diz: esta sim... Saiu de mim!
Também toma banho de lua
E se veste de inspiração até o fim!
Quantas vezes esse leitor
Comigo trocou de lugar,
E leu o seu mesmo amor
Aquele que eu creio passar!

Osny Alves

segunda-feira, 13 de outubro de 2014

Prazer Total

Eu vou Osnillizar vocês
Hipnotiza-los...
Em versos de prazer
Quero tatuar a sua tez
Pra não mais me esquecer!
Osnillizando a sua mente
E os desejos que brotam nela
Para que então somente 




Leiam-me de uma maneira bela. 
E se ingerirem Osnilliunn
Ao menos três vezes ao dia
Saberão que nada ou nenhum
Os deixarão como o hoje os entedia.
Peça pra ser Osnillizado
Em comprimidos ou injeção
Vocês se sentirão mais empolgados
Sabendo que eu sou a solução. 
Osny Alves

sexta-feira, 10 de outubro de 2014

A Criança Nossa de Cada Dia


Queria de novo ser criança
Voltar os dias, voltar no tempo!
Pintar novamente a esperança
Só enquanto estou lendo!
Brincar na chuva sob a trovoada
Sentir o cheiro de minha infância
Correr na rua com a molecada
voltar a confiar feito criança!

E sem reservas poder perdoar
E amar com um amor puro e inocente
E rir e sorrir sem se preocupar
Com vida de adulto simplesmente!
Abraçar todas as pessoas que perdi
Para as circunstâncias que a vida impôs
E lembrar daqueles que me esqueci
pois a correria os apagou depois!

Das brincadeiras ingênuas
Sem malícia, sem tecnologia
Tínhamos a criatividade apenas
Num graveto o condão de magia!
Saudades de tantos joguinhos
Igual: papel, pedra e tesoura,
Dos mimos recheados de carinhos
Avós, tios e pais que nos davam outrora.

Saudade até da lama quando chovia
Que ficávamos ilhados dentro de casa
Mas quando o sol lindo surgia
Dava-nos um par belo de asas.
Daquela música que um dia será cafona
Mas é a chave que me trará para cá,
Das famosas guerras de mamona
Que a próxima geração jamais ouvirá falar...

Das bonecas feias que as meninas brincavam
E faziam-nos comer a comidinha de barro
Mas naquele tempo nada importava
O “bullying” na época chamávamos de sarro.
Quase ninguém ligava para TV
E computador se quer lá existia
O legal mesmo era uma carta escrever
Dias depois a resposta nos vinha!

Amigos valiam mais do que o ouro
Havia violência só em partida de pião
Onde o de um quebrava o do outro
Onde irmão defendia irmão! 
Mesmo porque não ligávamos para dinheiro
E a criatividade era a nossa riqueza
Brincávamos quase o dia inteiro
E o estudo era a nossa fortaleza!

Onde a mãe educava o filho
Com cinta, ou vara de marmelo
Onde o brio se alojava no cílio
E estava pronto a defender o castelo!
Fico triste por ver a chave parar de rodar
Então volto novamente ao meu tempo
Onde a tecnologia se respira em pleno ar
Aqui a criança sequer tem envolvimento. 

Osny Alves

segunda-feira, 6 de outubro de 2014

Labirintos da Alma

São tantas vielas sombrias
Fácil de se perder dentro de mim
Têm tristezas e alegrias
Desde o início até o fim...
Tantas estradas e atalhos
Muitas avenidas e ruas
Andar dentro de mim... Dá trabalho
E um perigo nas alamedas escuras.
Ali temos vales e paraísos
E também um castelo de amor
São tantos teatros e risos
Dramas e histórias de horror.
Andar dentro de mim, é difícil
São pesadelos de quem não sonha
Percorrer as salas dos edifícios
Sem chaves nas trancas, só senhas.
Decifrar cada algoritmo
Para se chegar ao coração
Correr ou andar no meu ritmo
Pode ser a maior provação.
Para se chegar em minha mente
Um aviso: não há elevador
São três mil degraus em mente

Bem agridoce é o seu sabor!
O piso ao redor é escorregadio
E o foço que há é profundo
Ao redor do cérebro é oco e vazio
Mas dentro existem mil mundos.
Navegar e surfar no meu mar
É mais difícil do que se imagina
Tem que ser ousada e me amar
E ser a maior das heroínas!
Ao chegar há um trono
Que é pra amazona escolhida
Ela dominará esse reino
Pelo resto de minha vida.
Osny Alves

domingo, 5 de outubro de 2014

Quando Surgem os Problemas



De repente hoje eu acordei
E percebi que estava morto
Eu não sei se eu só sonhei
Nem com isso me conforto!
Eu vi as flores em meu caixão
Do madeiramento mais barato
E não sentir meus pés no chão
Desmortificou me então de fato!
Tentei pular dali correndo
Mas nenhum musculo mexeu
Se não morto estou morrendo
Ou é isso para quem morreu!
Eu percebi então a sala vazia
Sem uma viva alma ao meu redor
Outro problema comigo jazia
O qual deixava-me com mais pavor!
Quando surgem grandes problemas
Ninguém vela o teu corpo ou o meu
Quem me velava eram os poemas
Que ali diziam que alguém morreu!
Acordei com um pulo na cama
E assombrado fui escrever
Que tais problemas fazem tal drama
Que infelizmente é quase morrer...

Osny Alves

sexta-feira, 3 de outubro de 2014

Poemas para Refletir

Sabe aquele Beijo beijado,
gostoso e sugado sabor de pecado,
mas tão divino também!
Daqueles “calientes”... Deles...
Eu tenho um monte, mas não dou a ninguém.
(Risos)

Osny Alves








Poesias são palavras 
soltas que se agarram 
no papel para 
acalentar a gente.

Osny Alves




sábado, 20 de setembro de 2014

Brincar Com Os Sons

Gosto de brincar com as letras
Com as palavras e com o leitor,
Elas me são quais borboletas
E quem as lê trato com amor!
Eu brinco com os sinônimos
Capaz de gerar redundância,
Todas as palavras e antônimos
Gosto de tudo em abundância!
Eu repito e repito as palavras
Eu e o som e a rima e o fonema,
O meu “eu” sorri quando lavra
Em qualquer papel outro tema!
Eu subo e desço eu saio e entro
E se permaneço é por emoção,
Em cima e em baixo, fora e dentro
Tudo aqui nela tem explicação!
Brinco e nem sei eu se gostas
De ler essa tal de brincadeira
Mas de tudo tenho as respostas
Só não pense que isso é besteira!

Osny Alves

segunda-feira, 15 de setembro de 2014

Moda Sensual

Um par de salto altos
Ela passa pilotando,
Na região dos Lagos
Saia curta rebolando!
Pernas desenhadas
Ou esculpidas a mão
Sequer dá uma olhada
Esse gesto é um Não!
Mexe, remexe e rebola
Enrijece, empina os glúteos
Ela volta e não dá bola
Somos apenas meros números!
Seus cabelos são como as ondas
Que batem nas costas desse mar
Ela se desfaz das outras
E faz todos em seu balanço navegar.
O batom vermelho que ela usa
Pode até escandalizar
Vejam que até a sua blusa
Pode nos fazer apaixonar!
Suas coxas bem torneadas
Parece que é de academia
Nossa que menina idolatrada
Deixa as outras em hipotermia.
 A saia bem acima do joelho
Seja ela rodada ou tubinho
E aquele batom vermelho
É de nos dar um calafrio!
O seu corpinho cinturado
Em formosura lá no alto
Ele me deixa encantado
Com o tamanho desse salto!
Eu olho atentamente
Não deixo nada passar,
Já que é tão apaixonante
O seu modo de andar!
A maneira que escolhe
Cada peça ali usada
Deixa o meu corpo mole
E a mente até lesada!
Percebo que o sapato
Nessa hora influencia
Fica linda sim, de fato!
Penso que eu a merecia!
Já que não ganhei na Loto
E nem sou um milionário,
É quando eu mesmo noto
Só a tenho no mundo literário!

Osny Alves