Hoje eu achei o riacho
Que eu
acho que molhava
Sempre meus
pés.
Numa época de outrora,
Numa época de outrora,
Onde não
corre agora
Aquilo que
hoje não vês.
Essa saudosa saudade
Essa saudosa saudade
É uma
gostosa maldade
Que despe
a minha tez.
E olhando o meu corpo
E olhando o meu corpo
Me escondo
num copo,
Onde esconde
minha nudez.
Pois a saudade vem e nos beija
Pois a saudade vem e nos beija
E claramente
nos deixa
Nus outra
vez.
Mas os outros não veem
Mas os outros não veem
Além de
nossas vestes
Como ela
nos despe
Peça a
peça também.
Mas parece que enxergam
Mas parece que enxergam
E ao mesmo
tempo nos cegam
E nossas
roupas carregam
Como se
dessem a alguém.
É aí que nós achamos tão nus
É aí que nós achamos tão nus
No meio
de uma luz
E o tal
copo conduz
Para esquecer
o passado.
E fatalmente ficamos
E fatalmente ficamos
Do jeito
que amamos
E nos
enganamos
Com a tal
da surdez.
E paralisados hipnotizados,
E paralisados hipnotizados,
Como estátuas
calados
O passado
nos possui
Mais uma
vez.
Osny
Alves
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