quarta-feira, 31 de julho de 2013

SEREIAS

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Ah! Tempestade cruel
Que rasgou o meu barco
E me vejo em mar largo
Em bote de papel!

Que de longe nas pedras
Tão longe um marco
Tenho nas costas meu arco
Só com duas flechas...

Deitada me assombra
Com seu canto de luz,
A espreita em penumbra
Mas não me seduz!

É uma bela mulher
Mas sou sobrevivente
Sedutora atrai como quer!
Mas resisti bravamente!

Após nadar grande tanto
Eu chego às areias
Sussurro, suspiros e em pranto...
Salvo? Que nada. Aquário de Sereias.
Osny Alves          

segunda-feira, 29 de julho de 2013

A Gaiola

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Eu fugi de uma gaiola
Em que me tinham prisioneiro
Tinha lá uma vitrola
Que tocava o tempo inteiro!
Tinha ali o meu algoz
E judiava-me um tanto
Que arruinava a minha voz
Era pior que aula de canto!
Quando ela ia dormir
Cobria o meu cativeiro
Via meu bando divertir
E eu ali de prisioneiro!
Mas descuidou-se a donzela
Ao limpar o meu cantinho
Então voei pela janela
E o céu afagou-me com carinho!
Mas volto à tardezinha
E canto um solo de esmola
E quando chega a noitinha
Sinto saudade da gaiola!
Mas ao amanhecer
Ganho novamente a imensidão
Pois vejo o sol nascer
Assobiando uma canção!
Aquela que eu aprendi
Que repetia na vitrola
Mas a coisa mais bela que eu vi
Não estava dentro da gaiola!
É de voar em liberdade
E cantar o que eu quiser
Mas às vezes bate uma saudade
Da gaiola da mulher!
Osny Alves


sexta-feira, 26 de julho de 2013

Comidinha da Vovó

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Ah que doce saudade daquela comidinha!
Receita de domingo até hoje me assanha,
Manjericão, pimenta era só uma pitadinha...
Muito queijo e muita massa na lasanha!
Ah que saudade da presença da vovó
Tinha até outra cara com ela na cozinha
E o sabor maravilhoso por Deus tenha dó!
Gosto abençoado a sobremesa quando vinha!
Que gostava mesmo era sentar ao lado dela
Contava sempre uma divertida historinha
Às vezes de um rei bom outras de donzela
Mas de tudo o melhor era a sua companhia!
Ainda sinto a falta graciosa dela
Mamãe diz até hoje com tristeza...
E fico em pé olhando a janela
Imaginando ela ali em nossa mesa!
Nem pela lasanha, nem pela historinha...

Simplesmente... Por sua companhia.

quarta-feira, 24 de julho de 2013

Ternura

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Sempre quis você pra mim
Desde o dia em que eu a vi
E neste frio juntinho assim
Cálices de amor... Servi.
Beijos neste teu corpinho
Por pouco não sobrevivi
Perfumados com carinho
Que quase eu enlouqueci!
As flores que lá no paraíso
Encantou quem um dia as viu
Acharia esse seu sorriso...
Ainda mais lindo e gentil!
E este olhar que nos fascina
É quase a minha perdição
E por isso hoje ó menina
Eu lhe dou minha rendição!
Quero afagá-la com ternura
E meu coração lhe presenteio...
Abalará minha estrutura
Colocando-me junto ao seio.

Osny Alves

MIGALHAS

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Derrama-me teus sonhos
E no papel os coloque
De todos os tamanhos
Que caibam em um envelope!
As ideias em que trabalhas
Com todo o sofrimento
Só não me mande às migalhas
Traga o pão e seu fermento!
Todo poeta que conheço
Não publica nem dez por cento
Isso também eu reconheço
Ao acanhar-se de seu ferimento!
Traga-me toda a sabedoria
Que no papel já colocaste
Ao que lê tem alegria
Na dor que tu mesmo formaste!
Então não economize
Naquilo que sonhaste
Quero que me sensibilize
Como na mente desenhaste!
Não me escondas nada
Não sou mendigo sou consumidor
Não preciso de migalha
Compro o pão feito de dor!
Pois o poeta que faz a massa
Alegria e sofrimento fazem crescer
Traz na poesia o ar da graça
E enxergo logo que começo a ler...
E quando eu a leio
Brota-me um bem,
Um bem que eu creio
Ser seu também.
Osny Alves

terça-feira, 23 de julho de 2013

50 Tons de Seda

Enquanto durar o amor
Amarei com eternidade
Envolverei o seu dulçor
Em laços de amizade.
Condimento de flores
E recheio de saudade
Juntar os seus sabores
Que nos dá felicidade!
Seus beijos carinhosos
Em 50 tons de seda...
Eles são tão viciosos
Qual peça de renda!
E prende como teia
Como aranha envolve
Como canto de sereia
E ao pescador comove!
Fios de luz e de bondade
Pintam pétalas de flor
Amarei com eternidade
Enquanto durar o amor!
By Osny Alves

domingo, 21 de julho de 2013

Rostinho de Felicidade

Amo essa sua carinha de felicidade
E quando parece fazer algo errado,
Ou seu sorrir quando em ansiedade
E quando diz que estou apaixonado.
Ao olhar em seus olhos eu percebo
Que sou o cara mais feliz do mundo,
Uns rabiscos e em versos eu escrevo
Um poema que fala sobre o assunto.
Que saiba em quem estou pensando
Quando em viagem abrir o notebook,
É pra você sorrir e não estar chorando
Ao ver esses versinhos lá no Facebook!
E procurarei uma imagem lá no Google
E acho que depois eu farei uma canção
Ou que repita toda hora igual um jingle
Só para continuar em seu lindo coração...
Entretanto quando estiver se divertindo
E lembrar do cara que ficou apaixonado
Então eu a imaginarei estar aí sorrindo
Sonhando só em voltar pro seu amado!

By Osny Alves

terça-feira, 16 de julho de 2013

Esquecimento

Que homem que sou?
Esqueci o próprio dia!
É como esquecer o sol
Quando já tarde surgira...
Por pensar nos outros
Pensamento que vicia,
E também os ombros
Muito mais eu daria...
Dei a eles os ouvidos
A eles até a simpatia
De seres tão sofridos
E o que a alma jazia...
O que pedia socorro
E amparo me pedia,
Gritava em sussurro
Em plena tarde gemia...
Tentei alivia-lhes a alma
Pois o dia se pondo já ia
Mostrei o valor da calma
Que cura e não entedia!
Esqueci o meu dia próprio
Por pensar em dar alegria,
E palavras dei para o sóbrio
Frescor a quem tanto sofria!
E lembrei no inicio da noite
O que preparado eu tinha,
Foi o mais terrível açoite
Que minha alma sentia!
Já que o dia acabara
Postei o que eu devia
E tenho a insônia agora
Só ela por companhia!
Tenho por tédio a rebeldia
Prazeres do dia me somem
Foi se embora o meu dia
O dia mais lindo do Homem!

By Osny Alves

segunda-feira, 15 de julho de 2013

O Mar

 A espuma branca do mar
Em contato com as pedras
Qual saia rodada a tocar
Ora nela e em tuas pernas...
Ela tão docemente acaricia
Ousada feito rodado vestido
A tua pele aveludada e macia
Dando ao prazer algum sentido!
Nela vejo voarem gaivotas
Quais borboletas dançam no ar
Como os beija-flores as voltas
De uma linda rosa a beijar!
Ah natureza! Tão bela e tão pura...
Que só a mulher pode se igualar
Nada lhe impede nada a censura
Nada contém o seu desejar!
Barquinhos na agua são dedos
Que estão a pescar quase sempre
Buscando prazer, ou por segredos
Em suas pedras ou em seu ventre.
Olho ao céu o azul celeste
Que imagino o teu olhar,
E grato a Deus pois isto me destes
Este momento a contemplar!
A espuma branca do mar
Em contato com as pedras
Qual saia rodada a brincar
Em pleno ar em tuas pernas...

Osny Alves

quarta-feira, 10 de julho de 2013

ADOTE-ME, POR FAVOR!

Adote-me, por favor!
Cãozinho abandonado,
Precisando de amor
Do seu afeto e cuidado!
Cansado da vida amarga
E dessa triste solidão
Que cruelmente deixa marca
No meu pobre coração!
Preciso de uma dona
Que me trate com carinho
Aquela que não me abandona
Quando pular em seu colinho!
Que me ensine algum truque
E que tire muitas fotos de nós dois
Para postar no facebook
E compartilhar depois!
Que comente com a amigas
Que adotou um lindo cãozinho
Que adora carinho na barriga
E dá beijo com o focinho!
Deixo aqui uma foto minha
Pra poder impressionar
Pois será minha dona e rainha
E farei tudo o que mandar!
Mas também irei lhe proteger
Se acaso você quiser
Pois farei tudo pra merecer
Ser o cãozinho dessa bela mulher!
Quando pressinto o perigo
Você ouvirá o meu rosnar
Eu serei o seu melhor amigo
E a colocarei para nanar!
Por isso minha senhora
Posso lhe chamar de senhorita
Se me adotar agora

Será a dona mais bonita!
By Osny Alves

terça-feira, 9 de julho de 2013

ESSÊNCIA POÉTICA

Imagem Essência Poética 
Da palavra mais enérgica
Para a inocência da flor,
Nasce a essência poética
No berço mágico do amor!
Que embala a criança
Que começa a escrever,
Com a cor da esperança
Que a escrita cultua o ser!
Descreve a natureza
De um jeito fácil e complexo,
Onde o culto a beleza
Segue o realismo anexo!
E já nos primeiros passinhos
Quando começa a falar,
Com seus belos cachinhos
E carinhos a espalharem no ar!
Sobra-nos apenas a prece
Que seja adorável e atlética,
Pois o leitor sim merece
O encanto da Essência Poética...

AMOR E POESIA

Imagem Lucélia Lima
Da áurea mais linda
Realidade e fantasia
E encanta-me ainda
O Amor e Poesia!
Que de mãos dadas
Estão sempre juntas
Nessa longa estrada
E histórias já são muitas!
Que me sensibiliza
Em cada estrofe a ousadia
Não me escandaliza
Mas ao mesmo tempo irradia!
O amor do papel a pena
De maneira mais distinta
Vai se desenhando o poema
Seja no teclado ou na tinta!
E fico aqui tão abismado
Cada enredo bem escrito
E tão logo apaixonado
Pelo verso mais bonito!
Construo uma rima
Usando a cortesia,
E a arte de Lucélia Lima

Em Amor e Poesia

SOCIEDADE NÃO PUBLICADA

Sociedade Não Publicada
Não vou mais compor
Toda essa coisa bonita
Esse negócio de escrita
Que é fruto do amor!
Eu não sei se alguém lê
Ou se perdem seu tempo
E se você acaso não vê
A dor do sofrimento...
Essa moda de poesia
É só puro modismo
Também tem cortesia
Mas fora do realismo...
Letras são as cicatrizes
Que na alma mostramos
Às vezes nossas raízes
Que nós mesmos matamos.
Hoje aposento a escrita
E o que ela representa
Eu sou ela já dita
Que nela meu eu a ostenta...
Então assim eu fujo
Do caule que eu mesmo fiz
Sem reconhecimento eu murcho
E caio da maneira mais infeliz.
E o vento pelos campos me leva
Pelas ruas desta estrada
Ao colo de Eros e Minerva

Às páginas da Sociedade Não Publicada.

ESCRITORES CRIATIVOS

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Este talento que os deixa bem ativos
Plantando e podando todas as arestas
Digo isso dos escritores criativos
Suas páginas terminam em festa!
Dedilham sob o brilho do abajur
Nas linhas coloridas de um caderno
Cruzam do Brasil ao Istambul
E escrevem de inverno a inverno!
O lápis toma sentido em suas mãos
A borracha, o papel e a caneta...
Na mente não há espaço para os nãos
Tão só o conectar de versos que respeita!
Não lhes importa a terra
A guerra ou invasão
E se o soldado cai, e berra!
Só lhe importa a pena em sua mão!
Com ela põe sobre a ferida
A tinta, o amor e a pena...
E escreve sobre a morte e a vida
Nos gritos mais sensíveis de um poema!
Sobram apenas flores e lírios
De todos os amores antigos
E de vencedores vivos
Escritores... Criativos.



COMPOSIÇÃO DO MEU EU

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Casa das flores
Dos maiores amores,
Das várias janelas
Das faces mais belas,
Estilo de rancho
Com todo arranjo,
Tão linda assim!
Sinto-me no céu
Vendo abelha e mel,
Na fragrância vertida
Da essência perdida,
Pelos ares do mato
São só cheiro e olfato,
Pousadas em mim!
A lua e o breu
Composição do meu eu,
Que pinto as cores...
Dos melhores amores,
E na tela difundo
Os olhares do mundo,

Tão simples assim!

domingo, 7 de julho de 2013

MAR DE LETRAS

Eu navego em um mar de letras
Onde palavras são tempestades,
E os acentos são as borboletas
E nas linhas voam sem maldade!
E se navego pelas histórias
Que tem no mar de páginas,
Passo por guerras e por glórias
Do arcaico a novas máquinas!
Das longas cartas escritas à pena
Da datilografia ao mundo digital,
Sempre a escrever um poema
Para esse alguém especial...
E navego num mar de letras
Onde no barco sou capitão,
Mas não impeço as borboletas
Encantarem as rosas em botão!
Pois é desse mar que a sede eu sacio...
E bebo as palavras mais cristalinas,
Que desce lindo, suave e macio...
Num poço mitológico de ambrosias...
Já que navegar agora é preciso
Eu navego e surfo pra cumprir metas,
E minha meta é tirar um sorriso
De quem navega nesse mar de letras!

By Osny Alves

sábado, 6 de julho de 2013

CELLIMIES SAMU

Eu gosto de meninas
Que tenham atitude
Das profanas e divinas
Desde a juventude!
Que sejam aventureiras
Na cidade ou no parque
Que sejam verdadeiras
Feito Joana D’arc!
Estejam prontas sempre
Que alguém precisar delas
Preparadas desde o ventre
Ousadas, sexies... E belas!
Gosto das otimistas e realistas
Das que tem gana por opção
Das mulheres socorristas...
Que trabalham com emoção!
Daquelas que a beleza ostenta
Vaidosas, meigas e briosas!
Gosto da que não é ciumenta
Gosto mesmo são das poderosas!

By Osny Alves

DULCE MORAES

Dulce, você é um anjo...
Em forma de gente
Sem violino e nem banjo
Mas nos vela prontamente!
Dá-nos chamegos em palavras
E mimos em seus versinhos
Sua fonte não se acaba
Nem o poço dos teus carinhos!
Não seca a sua água
Que sedentos nos sacia
Elimina a nossa magoa
Com teu jorrar de poesia!
Teu nome também é doce
E de igual modo o teu mel
Por isso hoje Dulce
“Moraes” neste teu céu!
E tal qual anjo tu escreves
Em papiro de pergaminho
E nem sei se tu percebes
Outros seguirem o teu caminho!
Pois o escrever que tu ostentas
Nem 10% alguém consegue
Pois a prosa que inventas
Até mesmo o meu eu hoje te segue.
By Osny Alves