terça-feira, 9 de julho de 2013

SOCIEDADE NÃO PUBLICADA

Sociedade Não Publicada
Não vou mais compor
Toda essa coisa bonita
Esse negócio de escrita
Que é fruto do amor!
Eu não sei se alguém lê
Ou se perdem seu tempo
E se você acaso não vê
A dor do sofrimento...
Essa moda de poesia
É só puro modismo
Também tem cortesia
Mas fora do realismo...
Letras são as cicatrizes
Que na alma mostramos
Às vezes nossas raízes
Que nós mesmos matamos.
Hoje aposento a escrita
E o que ela representa
Eu sou ela já dita
Que nela meu eu a ostenta...
Então assim eu fujo
Do caule que eu mesmo fiz
Sem reconhecimento eu murcho
E caio da maneira mais infeliz.
E o vento pelos campos me leva
Pelas ruas desta estrada
Ao colo de Eros e Minerva

Às páginas da Sociedade Não Publicada.

Um comentário:

Dulce disse...

Belíssimo, Osny!
Há quem tome tempo de ler... e sem eles, que seríamos nós?
Apenas cordas vocais que gritam palavras ao vento do deserto...
Abraço!