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Eu fugi de uma gaiola
Em que me tinham
prisioneiro
Tinha lá uma vitrola
Que tocava o tempo
inteiro!
Tinha ali o meu algoz
E judiava-me um tanto
Que arruinava a minha
voz
Era pior que aula de
canto!
Quando ela ia dormir
Cobria o meu cativeiro
Via meu bando divertir
E eu ali de
prisioneiro!
Mas descuidou-se a
donzela
Ao limpar o meu
cantinho
Então voei pela janela
E o céu afagou-me com
carinho!
Mas volto à tardezinha
E canto um solo de
esmola
E quando chega a
noitinha
Sinto saudade da
gaiola!
Mas ao amanhecer
Ganho novamente a
imensidão
Pois vejo o sol nascer
Assobiando uma canção!
Aquela que eu aprendi
Que repetia na vitrola
Mas a coisa mais bela
que eu vi
Não estava dentro da
gaiola!
É de voar em liberdade
E cantar o que eu
quiser
Mas às vezes bate uma
saudade
Da gaiola da mulher!
Osny
Alves
4 comentários:
Amigo, gostei do poema, e percebi no final um duplo sentido! :) Abraços!
Quando a gaiola é boa o pássaro sempre volta...
O pássaro não quis fugir da "gaiola", mas das coisas que o incomodava.
Tanto que saía pela manhã e no fim do dia voltava. Mesmo sendo livre pra voar, preferia voltar.
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