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Derrama-me teus sonhos
E no papel os coloque
De todos os tamanhos
Que caibam em um envelope!
As ideias em que trabalhas
Com todo o sofrimento
Só não me mande às migalhas
Traga o pão e seu fermento!
Todo poeta que conheço
Não publica nem dez por cento
Isso também eu reconheço
Ao acanhar-se de seu ferimento!
Traga-me toda a sabedoria
Que no papel já colocaste
Ao que lê tem alegria
Na dor que tu mesmo formaste!
Então não economize
Naquilo que sonhaste
Quero que me sensibilize
Como na mente desenhaste!
Não me escondas nada
Não sou mendigo sou consumidor
Não preciso de migalha
Compro o pão feito de dor!
Pois o poeta que faz a massa
Alegria e sofrimento fazem crescer
Traz na poesia o ar da graça
E enxergo logo que começo a ler...
E quando eu a leio
Brota-me um bem,
Um bem que eu creio
Ser seu também.
Osny Alves
Um comentário:
Poema triste, mas encantador!
Obrigada por seguir meu blog!
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