Sociedade Não Publicada
Não vou mais
compor
Toda essa
coisa bonita
Esse negócio
de escrita
Que é fruto
do amor!
Eu não sei
se alguém lê
Ou se perdem
seu tempo
E se você
acaso não vê
A dor do
sofrimento...
Essa moda de
poesia
É só puro modismo
Também tem
cortesia
Mas fora do
realismo...
Letras são
as cicatrizes
Que na alma
mostramos
Às vezes
nossas raízes
Que nós
mesmos matamos.
Hoje
aposento a escrita
E o que ela
representa
Eu sou ela
já dita
Que nela meu
eu a ostenta...
Então assim
eu fujo
Do caule que
eu mesmo fiz
Sem
reconhecimento eu murcho
E caio da
maneira mais infeliz.
E o vento pelos
campos me leva
Pelas ruas
desta estrada
Ao colo de Eros
e Minerva
Às páginas
da Sociedade Não Publicada.
Um comentário:
Belíssimo, Osny!
Há quem tome tempo de ler... e sem eles, que seríamos nós?
Apenas cordas vocais que gritam palavras ao vento do deserto...
Abraço!
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