Quando venho do Embu
Minha são Paulo que cidade
É a minha Istambul
Loja de moveis e imóveis
E barracas de pasteis
Esfiha aberta, automóveis
Casas de pau e de aluguéis
E assim se vive
Nesta cidade
E sobrevive
E quando sai sente saudade.
Só não tem feira na segunda
Tem bazar, mercado, boteco e “sacolão”
Tem bancário miséria e fartura
Não tem canto melhor com essa estrutura
São Paulo que amanhece todo dia...
Ô freguesia
Tem Fettuccine risoto e ravióli
Kafta, Kebab, Tahina,
Que agonia
Tem sushi sashimi e camarão
Viaja o mundo sem sair do mercadão.
...
Tem tomate fresco aqui
Carambola... tem amora e umbu
Tem chuchu, tem pescada e caqui
Nesta cidade tem Ceasa, e correio tem metrô.
Minha São Paulo
Um dia quer ser é presidente
E da caiana dar um caldo
No suor de toda essa gente.
Não quer ser
Deputada ou senadora
Vem me eleger
Gente cansada e sofredora
Tem gente que vem de longe,
Vem lá do norte para trabalhar
E aqui hoje
Vem à morte espantar.
Já espantou a fome
A tristeza e a solidão
Vem aqui homem
Seu voto é meu já ta na mão.
Isto é são Paulo...
Não tem diploma,
Dinheiro ou estudo
Mas fala idiomas,
É marmiteira faz um tudo.
São Paulo que amanhece todo dia...
Não há rotina
Que se possa entediar,
Eu sou São Paulo
Acordada noite e dia estou sempre a governar!
São Paulo que amanhece todo dia...
(Alves, Osny de Souza)
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