quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Vida de Poeta

É triste vida de poeta
E também abençoada,
Vive de vento e moeda
Que para ele é lançada.

Cada moeda o seu preço
Mas não se sabe o valor,
Mas deixo o meu apreço
O meu afeto e meu calor.

E reflito no reflexo
Feito bumerangue...
Proibido rimar sexo
O fim é bang-bang!

E o jogar das palavras?
Esse jamais pelo fato,
De serem tão macabras
E sentem pleno olfato.

E vejo o meu triste fim
Se é que eu me lembro
Bala perdida em mim...
Num negro dezembro!

Mas sou sobrevivente
Viver a vida eu aprendi
E sei que daqui pra frente
Eu colherei o que perdi...

Faz as pessoas tão felizes
Ajuda mais que é ajudado
Sei também o que me dizes
Que não é nada valorizado!

Mas nunca é por reconhecimento
Está nas veias que o sangue corre,
Ser crucificado não é o sofrimento
É o amor que do olhar escorre.

Osny Alves


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