Sou uma carta de amor
Numa garrafa em alto mar
Escrita em nanquim e dulçor
Por alguém que sabe amar.
E pelas ondas flutuo
Chegando até uma ilha,
Qual uma peça atuo
E o vidro então brilha!
E de longe uma menina me vê
Corre e sorrindo me pega
Abre-me e então me lê...
Ama-me de uma forma tão cega...
Leva a garrafa e a põe no armário
E me coloca sob seu travesseiro
E em um ato extraordinário
Ela me lê e relê o dia inteiro!
E no centro do meu eu...
Lindas juras de amor
E ao final do papel
Um desenho de flor.
Ela põe-me junto ao seio
E então fecha os olhinhos,
E me transcreve em um e-mail
Tal qual um buquê de carinhos!
E sonha com o fatídico dia
Em que ele vai chegar
E nada mais lhe entedia
Pois ela aprendeu a esperar!
Osny Alves
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